domingo, 24 de maio de 2009

VI Missão Humanitária à Guiné-Bissau

 

VI Missão Humanitária à Guiné-Bissau

 

«Agitam-se consciências, alteram-se procedimentos normalizados, angariam-se géneros e medicamentos que o nosso comércio rejeita (por exemplo por ter um prazo de validade relativamente curto - às vezes um ano). Esses bens de primeira necessidade vão suprir, durante algum tempo, carências de muitas pessoas que vivem abaixo do limiar da sobrevivência, sem prejuízo de qualquer economia empresarial.
Para termos a certeza de que tudo chega ao destino programada, somos nós que vamos até lá.»

 

 

Um grupo de 21 voluntários, 8 jipes e um furgão, que em 21 dias se propõem percorrer 10 mil quilómetros para fazer chegar medicamentos, comida, brinquedos e roupa à Missão Católica de Cumura e às Irmãs Hospitaleiras de Bissau.

Pelo sexto ano consecutivo AMI, Turma Todo-o-Terreno e Instituto Luso-Árabe para a Cooperação são aventureiros da solidariedade.

 

OS PARTICIPANTES

 

Foram surgindo regularmente mostrando interesse, fazendo perguntas, disponibilizando-se para ajudar a concretizar a Missão.

 

Através da AMI, surgem 2 jovens de uma turma finalista da Escola de Sta. Maria de Sintra interessados em fazer um trabalho colectivo sobre voluntariado.

 

Troca de e-mails, entusiasmo em crescente, apoio muito válido da professora da área a que o trabalho respeita, projectado para a direcção do conselho executivo da escola.

Posteriormente apresentado à DREL que convoca uma reunião para aplaudir e também apoiar o projecto.

Mobiliza-se a Turma, a escola, outras escolas – estão envolvidas centenas de pessoas e o projecto avança em definitivo.

Os pais de um dos alunos participantes também adere ao projecto e decide viajar com a Missão.

Faz-se uma selecção preliminar de participantes que se reúnem, parte em Tomar, outros no Porto.

 

Não vão poder ser aceites todas as inscrições mas mesmo assim cria-se um ‘convoi’ assustador – 9 viaturas e 21 pessoas.

 

Não é fácil coordenar ao longo de mais de 10.000 kms uma coluna tão grande, atravessar cidades, ultrapassar semáforos sem deixar ninguém para trás.

Não é fácil manter as pessoas atentas ao carro que as segue (condução à vista) porque a tentação é correr atrás do carro da frente.

Lembrar de acender os ‘médios’; às vezes só pelos faróis se consegue perceber se a coluna está completa.

Fazer aceitar longas paragens nas fronteiras; não pode ser tão rápido como desejado registar e carimbar 21 passaportes na Polícia – registar e fazer documentos de trânsito das viaturas nas Alfândegas. Tenta-se obviar a demoras maiores com a apresentação de «fichas de polícia» contendo todos os dados requeridos sobre todas as viaturas e participantes.

 

 

A convivência durante vários dias entre pessoas com os mais diversos níveis e formas de ser também nem sempre é pacífica especialmente para ‘aqueles’ que se apresentam muito ‘envernizados’ mas só conseguem fazer resistir o verniz algumas hora.

 

Faz parte das Normas da TTT  um calendário de jornadas nacionais a ser cumprido por todos os participantes. Mostrou-se negativo o ignorar desta norma porque ninguém se conhecia, não se avaliou a condição das viaturas nem as capacidades de condução dos participantes. Não foi de todo grave, mas podia ter sido.

 

De todas as acções tiram-se sempre lições. Desta Missão tiraram-se muitas.

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